Atividades no Espaço Livre – Arte
A têmpera, que vem do latim (temperare) significa misturar ou aglutinar, é a tinta mais antiga que temos. Foi usada na Antiguidade, Idade Média e na Renascença, nos murais das dinastias do Egito, Babilônia, Grécia, China e primeiras decorações da arte cristã.
Na maioria das vezes, era produzida pelos próprios artistas. Poucos fabricantes comercializavam as tintas para essa técnica. Na verdade, cada um tinha uma maneira de produzir.
Desde a arte dos gregos, a têmpera foi muito utilizada pelo homem. Na idade média, era muito usada quando se produziam retábulos, pinturas de figuras religiosas, afrescos e na decoração de paredes.
Alfredo Volpi utilizou muito a técnica de têmpera em suas obras, e a partir dos anos 60 consegue efeitos interessantes e sofisticados mesmo usando cores e formas simples.
Temos como exemplos da pintura a têmpera feita com colas vegetais ou de cartilagem, as pinturas rupestres, as egípcias, os murais de Herculano e Pompeia (cidades romanas soterradas por erupção do vulcão Vesúvio)).
No medievo, temos os retábulos bizantinos dos séculos X e XI, pintados à têmpera sobre folhas de ouro (policromia sobre ouro), aplicadas como fundo. O ouro realçava as cores opacas, que adquiriam algum reflexo quando aplicadas sobre o fundo brilhante.
Ainda na Idade Média (por volta do sec. XII), os iluminadores de escrituras já aplicavam as técnicas de têmpera utilizando substâncias parecidas com a goma arábica, pois tinham como aglutinante a cola vegetal da cerejeira ou ameixeira.
Mais tarde, com a adição de materiais oleosos, resinosos ou cera, a técnica da tradicional têmpera a ovo foi sendo modificada e substituída por têmperas que apresentavam brilho, como as pinturas flamengas do século XV e as pinturas de Antonello de Messina (pintor italiano de influência flamenga), até o momento em que a pintura a óleo reinou absoluta e as têmperas passaram a ser mais utilizadas para estudos do que para obras “acabadas”, caindo no desuso até poucas décadas atrás.
Nosso famoso pintor Portinari também usou têmpera nas pinturas das paredes de sua casa em Brodowsky.
Características da Tinta Têmpera:
- Sua composição é basicamente: gema de ovo (sem película) + água + pigmento;
- Seu diluente e solvente é a água. Os aglutinantes podem ser: o soro de leite (têmpera caseína), gema de ovo sem película (têmpera ovo) e a clara de ovo batida em neve (têmpera albumina);
- Ela é resistente à ação do tempo;
- Sua secagem é rápida (o que não permite a mistura das cores no suporte);
- Seu efeito é brilhoso e transparente;
- É solúvel em água;
- Mantém o registro das pinceladas;
- Não sofre rachaduras tardias;
- Depois de seca, as cores mantêm-se muito próximas às do pigmento original.
Os alunos do 7ºD e 7ºE desenvolveram nas aulas de arte a técnica da tinta têmpera à base de gema de ovo e pigmentos criando diversas pinturas.
Orientados pela professora tiveram o conhecimento sobre a origem da tinta têmpera e seu desenvolvimento na história da arte.
Profa. Kelly Cristina Simão
ksimao@csj.g12.br
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