Projeto "Marcas do Tempo"

 

O BRASIL É CAFÉ - "DA TERRA À XÍCARA"

Exposição e palestra

novembro/2007

Referências ao Projeto Marcas do Tempo:

O passado no presente: O mistério de Japurá e o casarão da Vila Ventura

Descobrindo a natureza - Sítio Hipona

O Brasil é café - Fazenda Santa Cecília

Da terra à xícara - exposição e palestra

 

            O macro projeto “Marcas do Tempo” teve esse ano como enfoque, o café, cultura desenvolvida em nosso estado e em nossa região, contribuindo para o desenvolvimento e fundação de cidades, bem como, com o avanço das artes e da arquitetura diferenciada para o interior.

            Nos 6º anos a intenção foi mostrar todo o processo desde o plantio até a degustação dessa bebida, observando na Fazenda Santa Cecília, de um barão do café, a sede e as instalações ainda em funcionamento, evidenciando o apogeu dessa cultura.

            Os 7º anos visitaram duas cidades da nossa região, Japurá e Vila Ventura, uma desaparecida e a outra, com poucos habitantes, marcas de um tempo do café, que hoje só vive na lembrança.

            A exposição e a palestra finalizaram o projeto explicitando a relação das  partes envolvidas, alunos e educadores e a intencionalidade do Colégio em priorizar a aprendizagem.  

Artes: Profª. Ana Maria Barreto Cammarosano,

História: Profª. Glaucia Cristina Rodrigues Gomes.

Geografia: Profª. Janete Tavares de Souza Zanuzzo

Ciências: Prof. Luiz Gustavo da Conceição Galego,

Coordenação: Profª. Mara Cristina B. S. Freitas

 

 

 

O CAMINHO DO CAFÉ 

 

"Nos Anos 20 e 30, o café financiava e inspirava obras de arte deixando marcas profundas na cultura popular e na erudita. Foi tema da pintura de Candido Portinari, da poesia de Cassiano Ricardo e pano de fundo ou tema privilegiado de inúmeros romances como: Terra roxa, de Rubens do Amaral, Espigão da samambaia, de Leão Machado, A Carne, de Julio Ribeiro, A Marcha, de Afonso Schmidt, e a série de Francisco Marins, especialmente dedicada ao tema."

 

"O tema café traz em si uma compreensão mais ampla da sociedade brasileira, pois foi a produção cafeeira um dos fatores responsáveis, no Brasil, pela passagem da produção manufatureira, para a industrialização, chamada de modernização. Surgiram grandes indústrias de louças, de máquinas e tantos outros produtos em função da utilização do café."

 

"O café, além de bebida  tradicional, é utilizado na produção de bombons, balas, chocolates, doces caseiros."

 

"O plantio de café, semente do progresso brasileiro no final do século XIX e início do século XX, gerou empregos para muitos estrangeiros, principalmente para italianos que, como a própria família de Candido Portinari,    tinham a esperança de enriquecer na América. Esta história está traçada e contada na vida e na   obra de Portinari, como é o caso desta reprodução em destaque.

A deformação no corpo das figuras humanas - os pés e as mãos exageradas - associa-se ao esforço do trabalho diário."

 

"No século XIX, para se ter um cafezinho à mesa implicava em longo e sacrificado  processo.

O passo inicial era derrubar e queimar a mata nativa e exuberante!

Em seguida o plantio era feito, geralmente, em encostas de morros.

Depois de três anos a primeira colheita.  tempo de festa e comemoração em outros países, mas no Brasil com o sistema escravocrata era tempo de trabalho redobrado e rígido controle de serviço. Em seguida vinha o beneficiamento, trabalho pesado, que exigia muito esforço dos escravos. Em seguida, a lavagem em tanques de pedra onde escravos ficavam  separando as  impurezas. É chegada a hora de secar o café com atenção especial, pois desse momento dependia a boa qualidade do mesmo.

O despolpamento era a retirada das cascas e peles que ainda ficavam no grão de café. inicialmente usavam os pilões manuais ou a braço e precisava de muita força dos escravos para socar o grão. Depois de socado era abanado e catado, abanação e catação. Depois de socado o café era abanado com abano de taquara, em seguida colocado em grandes mesas e as escravas catavam-no a dedo.

Depois vinha o brunimento que consistia em limpar profundamente o grão de café passando-o novamente pelo pilão e ventilando-o, para deixá-lo brilhante.

Após todo esse trabalho vem o ensacamento e o transporte, para finalmente ser torrado, moído, precipitado em alta ebulição e depois bebê-lo quente."

 

 

LABUTA

 

Planta,

Nasce,

Colhe,

Tudo feito pelo escravo,

Isso sim é trabalho pesado.

 

Nasce na terra

O café brasileiro,

Que logo será vendido pelo fazendeiro.

 

Colhido pelo imigrante,

Socado,

Torrado,

Logo será ensacado.

 

Japurá e Vila Ventura,

Viviam do café

Quando a crise lá chegou,

Seus habitantes deram no pé.

 

Duas cidades

Abandonadas,

Isoladas,

Pobres e acabadas.

 

Assim,

O café refletiu

A economia do Brasil.

 

Alunas do 7º ano C

Raquel Tavares

Aneska Dianni

Daniela Tiera

Ana Laura

GRÃO PODEROSO

 

Os imigrantes sonhadores

Chegaram ao Brasil,

Para trabalhar na lavoura,

Tendo fé na terra roxa.

 

Muita riqueza

Senhores conseguiram,

Com a exportação

Muitas pessoas atraíram.

 

Senhores queriam

Muita mão-de-obra para labutar,

Quanto mais café colhiam

Mais dinheiro iriam ganhar.

 

Jogavam, jogavam sementes

Para nascer o potente

Colhido, abanado, lavado,

Seco, torrado, moído,

Tomado e apreciado.

 

Mas todo apogeu

Não permaneceu

Decadência chegou,

Empobreceram,

Japurá e Vila Ventura desapareceram.

 

Alunos do 7º ano C

Guilherme Alves

Larissa Necchi

Amanda Colombo

 

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