Projeto "Marcas do Tempo"
O BRASIL É CAFÉ - "DA TERRA À XÍCARA"
Exposição e palestra
novembro/2007
Referências ao Projeto Marcas do Tempo:
O passado no presente: O mistério de Japurá e o casarão da Vila Ventura
Descobrindo a natureza - Sítio Hipona
O Brasil é café - Fazenda Santa Cecília
Da terra à xícara - exposição e palestra
O macro projeto “Marcas do Tempo” teve esse ano como enfoque, o café, cultura desenvolvida em nosso estado e em nossa região, contribuindo para o desenvolvimento e fundação de cidades, bem como, com o avanço das artes e da arquitetura diferenciada para o interior.
Nos 6º anos a intenção foi mostrar todo o processo desde o plantio até a degustação dessa bebida, observando na Fazenda Santa Cecília, de um barão do café, a sede e as instalações ainda em funcionamento, evidenciando o apogeu dessa cultura.
Os 7º anos visitaram duas cidades da nossa região, Japurá e Vila Ventura, uma desaparecida e a outra, com poucos habitantes, marcas de um tempo do café, que hoje só vive na lembrança.
A exposição e a palestra finalizaram o projeto explicitando a relação das partes envolvidas, alunos e educadores e a intencionalidade do Colégio em priorizar a aprendizagem.
Artes: Profª. Ana Maria Barreto Cammarosano,
História: Profª. Glaucia Cristina Rodrigues Gomes.
Geografia: Profª. Janete Tavares de Souza Zanuzzo
Ciências: Prof. Luiz Gustavo da Conceição Galego,
Coordenação: Profª. Mara Cristina B. S. Freitas
O CAMINHO DO CAFÉ
Planta originária da Etiópia (centro da África);
Descoberta há mil anos atrás por um pastor de cabras;
Os árabes foram responsáveis pela propagação da cultura do café (vinho da Arábia);
Até meados do século XVII somente os árabes produziam café;
Ano de 1615 começou a ser saboreado na Europa. Primeiro plantio na Holanda (1699);
Final do século XVII e século XVIII, primeiras cafeterias na Europa: Veneza, Viena e Paris;
Ano de 1727, chega ao Brasil (Pará);
As plantações se propagam no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais;
O Brasil consegue ser o maior produtor do mundo (café de qualidade), especial;
Crises: 1870 (geada) e 1929 ( quebra na bolsa de valores de Nova York) abalo no mundo financeiro;
Atualmente o Brasil é o maior produtor de café do mundo (30% do mercado internacional) e o 2º mercado consumidor;
Das épocas áureas nos restam:
belas sedes de fazendas;
extenso material técnico-científico;
fazendas centenárias;
hábito nacional do cafezinho.
"Nos Anos 20 e 30, o café financiava e inspirava obras de arte deixando marcas profundas na cultura popular e na erudita. Foi tema da pintura de Candido Portinari, da poesia de Cassiano Ricardo e pano de fundo ou tema privilegiado de inúmeros romances como: Terra roxa, de Rubens do Amaral, Espigão da samambaia, de Leão Machado, A Carne, de Julio Ribeiro, A Marcha, de Afonso Schmidt, e a série de Francisco Marins, especialmente dedicada ao tema."
"O tema café traz em si uma compreensão mais ampla da sociedade brasileira, pois foi a produção cafeeira um dos fatores responsáveis, no Brasil, pela passagem da produção manufatureira, para a industrialização, chamada de modernização. Surgiram grandes indústrias de louças, de máquinas e tantos outros produtos em função da utilização do café."
"O café, além de bebida tradicional, é utilizado na produção de bombons, balas, chocolates, doces caseiros."
"O plantio de café, semente do progresso brasileiro no final do século XIX e início do século XX, gerou empregos para muitos estrangeiros, principalmente para italianos que, como a própria família de Candido Portinari, tinham a esperança de enriquecer na América. Esta história está traçada e contada na vida e na obra de Portinari, como é o caso desta reprodução em destaque.
A deformação no corpo das figuras humanas - os pés e as mãos exageradas - associa-se ao esforço do trabalho diário."
"No século XIX, para se ter um cafezinho à mesa implicava em longo e sacrificado processo.
O passo inicial era derrubar e queimar a mata nativa e exuberante!
Em seguida o plantio era feito, geralmente, em encostas de morros.
Depois de três anos a primeira colheita. tempo de festa e comemoração em outros países, mas no Brasil com o sistema escravocrata era tempo de trabalho redobrado e rígido controle de serviço. Em seguida vinha o beneficiamento, trabalho pesado, que exigia muito esforço dos escravos. Em seguida, a lavagem em tanques de pedra onde escravos ficavam separando as impurezas. É chegada a hora de secar o café com atenção especial, pois desse momento dependia a boa qualidade do mesmo.
O despolpamento era a retirada das cascas e peles que ainda ficavam no grão de café. inicialmente usavam os pilões manuais ou a braço e precisava de muita força dos escravos para socar o grão. Depois de socado era abanado e catado, abanação e catação. Depois de socado o café era abanado com abano de taquara, em seguida colocado em grandes mesas e as escravas catavam-no a dedo.
Depois vinha o brunimento que consistia em limpar profundamente o grão de café passando-o novamente pelo pilão e ventilando-o, para deixá-lo brilhante.
Após todo esse trabalho vem o ensacamento e o transporte, para finalmente ser torrado, moído, precipitado em alta ebulição e depois bebê-lo quente."
LABUTA
Planta, Nasce, Colhe, Tudo feito pelo escravo, Isso sim é trabalho pesado.
Nasce na terra O café brasileiro, Que logo será vendido pelo fazendeiro.
Colhido pelo imigrante, Socado, Torrado, Logo será ensacado.
Japurá e Vila Ventura, Viviam do café Quando a crise lá chegou, Seus habitantes deram no pé.
Duas cidades Abandonadas, Isoladas, Pobres e acabadas.
Assim, O café refletiu A economia do Brasil.
Alunas do 7º ano C Raquel Tavares Aneska Dianni Daniela Tiera Ana Laura |
GRÃO PODEROSO
Os imigrantes sonhadores Chegaram ao Brasil, Para trabalhar na lavoura, Tendo fé na terra roxa.
Muita riqueza Senhores conseguiram, Com a exportação Muitas pessoas atraíram.
Senhores queriam Muita mão-de-obra para labutar, Quanto mais café colhiam Mais dinheiro iriam ganhar.
Jogavam, jogavam sementes Para nascer o potente Colhido, abanado, lavado, Seco, torrado, moído, Tomado e apreciado.
Mas todo apogeu Não permaneceu Decadência chegou, Empobreceram, Japurá e Vila Ventura desapareceram.
Alunos do 7º ano C Guilherme Alves Larissa Necchi Amanda Colombo |
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