Projeto Arte Sacra

9º ano

novembro/2014 

 

Após visitas às igrejas da nossa cidade, os alunos tiveram oportunidade de conhecer os vários estilos de arte sacra.

O templo moderno – Nossa Senhora do Sagrado Coração, localizado no Bairro Redentora, impressionou pela grandeza de suas esculturas em troncos maciços, bem como os passos da Paixão (telas de J. A. Silva).

A Igreja Ortodoxa de São José do Rio Preto, herança cultural da colônia árabe, com sua tradição quase secular marcou com suas pinturas em estilo bizantino.

Finalmente, a Basílica de N. Sra. Aparecida (Boa Vista) causou impacto com sua grandiosidade, requinte e pinturas. Na ocasião, alguns alunos conheceram o órgão de tubos, uma raridade em nossa região.

Terminando o projeto, os 9°s anos realizaram estudos sobre os ícones e a arte bizantina.

Como tarefa de final de ano, elaboraram pinturas em estilo bizantino (ícones), trabalho que foi feito com muita dedicação.  

 

 

 

Ícones Bizantinos – história

 

O ícone era pintado sobre um painel de madeira, geralmente larice ou abeto. Sobre a superfície aplainada era feito o desenho e começava-se a pintura pela aplicação do dourado, geralmente nas bordas, detalhes das roupas, fundo e resplendores ou coroas.  

A produção de ícones religiosos era considerada uma arte nobre, que necessitava grande preparação técnica e espiritual. O pintor precisava se purificar de corpo e alma para conseguir a perfeição, achava-se que o divino operava pela mão do pintor, então era inoportuno assinar a obra.

 

O simbolismo das cores e letras

Como na maioria das representações sacras, a cor no ícone assume uma importância fundamental para expressar a intenção do pintor. O azul é a cor da transcendência, mistério divino. O vermelho, sem dúvida a cor mais viva presente nos ícones, é a cor do humano e do sangue dos mártires. O verde é usado como símbolo da natureza, da fertilidade e da abundância. O marrom simboliza o terrestre, o humilde e pobre. O branco é a harmonia, a paz, a cor do divino que representa a luz que se avizinha. E o preto, decepção e tristeza.

Muitos ícones trazem a inscrição ICXC, forma grega abreviada de Cristo. Também Ø O N, significando ‘’aquele que é’’, aparece nas auréolas. Maria é frequentemente identificada com MP OU, madre partena.

 Para um artista deste gênero, a luz é uma manifestação divina, não existe o meio tom. Daí a abundância do dourado: a luz é divina.

Prof. Roberto Ferrari
rferrari@csj.g12.br

                                                           

 

P.S. – Nossas visitas foram coroadas com muitos pastéis e sorvetes no Mercado Municipal (um ponto turístico de grande valor cultural para a nossa cidade).