Projeto "Arte Sacra"

2ª etapa

9º ano

novembro/2012  

 

Após  visitas às diversas igrejas da nossa cidade, os alunos tiveram oportunidade de conhecer os vários estilos de arte sacra.

O templo moderno (Redentora) impressionou  pela grandeza de suas esculturas em troncos maciços, bem como os passos da Paixão (entalhes e telas de J.A.Silva); já a Igreja Ortodoxa de São José do Rio Preto, com sua tradição quase secular marcou, pelas  com suas pinturas em estilo bizantino e,finalmente, a Basílica de N.Sra.Aparecida (Boa Vista) causou  impacto pela sua grandiosidade, seu requinte e suas pinturas. Na ocasião, alguns alunos conheceram e ouviram o som do órgão de tubos, uma raridade em nossa região.

Terminado o projeto, os alunos do  9° ano realizaram estudos sobre os ícones e sobre a arte bizantina e como tarefa de final de ano, elaboraram pinturas em estilo bizantino (Ícones), um trabalho feito com muita dedicação e carinho.

   
ÍCONES BIZANTINOS - história

O ícone era pintado sobre um painel de madeira, geralmente larice ou abeto. Sobre a superfície aplainada era feito o desenho e começava-se a pintura pela aplicação do dourado, geralmente nas bordas, detalhes das roupas, fundo e resplendores ou coroas. Então,  pintavam-se as roupas, as  construções e a paisagem de fundo. A última etapa era a aplicação do branco puro na face e nas mãos. O efeito tridimensional era alcançado misturando ocre ao branco e aplicando essa tinta mais escura nas maçãs do rosto, no nariz e na testa. Uma fina camada de verniz avermelhado dava o sutil acabamento final aos lábios, à face e à ponta do nariz. Um verniz marrom era usado no cabelo, nas barbas e nos detalhes dos olhos.

A produção de ícones religiosos era considerada uma arte nobre, que necessitava grande preparação técnica e espiritual. O pintor precisava se purificar de corpo e alma para conseguir a perfeição e como achava-se que o divino operava pela mão do pintor, era inoportuno assinar a obra.

O simbolismo das cores e letras

Como na maioria das representações sacras, a cor  no ícone assume uma importância fundamental para expressar a intenção do pintor. O azul é a cor da transcendência, mistério divino. O vermelho, sem dúvida a cor mais viva presente nos ícones, é a cor do humano e do sangue dos mártires. O verde é usado como símbolo da natureza, da fertilidade  e da abundância. O marrom simboliza o terrestre, o humilde e pobre. O branco é a harmonia, a paz, a cor do divino que representa a luz que se avizinha, e o preto, a decepção e a tristeza.

Muitos ícones trazem a inscrição ICXC, forma grega abreviada de Cristo. Também Ø O N, significando ‘’aquele que é’’, aparece nas auréolas. Maria é frequentemente identificada com MP OU, madre partena.

A compreensão do significado do ícone pode ser difícil para a ótica da cultura ocidental, como a pintura impressionista e a arte abstrata, são representações de emoções, de características que não podem ser estabelecidas pelo cânone. Para um artista deste gênero, a luz é uma manifestação divina, não existe o meio tom. Daí a abundancia do dourado: a luz é divina.

 

Veja o Projeto "Arte Sacra" - 1º etapa

Prof. Roberto Ferrari
rferrari@csj.g12.br