Decreto do Papa João Paulo II reconhece
        virtudes heróicas ao Padre Mariano de la Mata

          No dia 20 de dezembro de 2004, na Sala Clementina (Vaticano), na presença do Papa João Paulo II, dos membros da Congregação para as Causas dos Santos e dos postuladores das respectivas causas, foram promulgados os decretos pelos quais serão proclamados 4 novos santos e 18 novos beatos, entre eles, Padre Mariano de la Mata Aparicio, ao qual foram reconhecidas as virtudes heróicas, que é um dos passos para a beatificação. A postulação do Padre Mariano aguarda a promulgação do "Decreto sobre o Milagre" para antes da Semana Santa de 2005, quando será também marcada a data da sua beatificação, provavelmente para outubro ou novembro.
          Durante os últimos anos o Padre Mariano tem feito parte especial de nossa caminhada, foi Diretor do Colégio quando ainda funcionava no distrito de Engenheiro Schmitt, município de São José do Rio Preto.
          Nasceu em Barrio de la Puebla, pequena cidade do norte da Espanha, numa família profundamente cristã. Dos oito irmãos, quatro homens e quatro mulheres, os quatro homens entraram na Ordem Agostiniana. Padre Mariano, o mais novo, entrou em 1921. Seu período de formação terminou em 1930, quando foi ordenado sacerdote no Seminário Agostiniano de Santa Maria de La Vid (Espanha).
          Depois de exercer o seu ministério sacerdotal durante dois anos na Espanha, foi destinado ao Brasil em 1932, onde exerceu diversas atividades educativas e pastorais até o dia 5 de abril de 1983, quando veio falecer vítima de um tumor canceroso.
          Falar do Padre Mariano é recordar o mensageiro da caridade, o amigo das crianças, o cirineu dos anciãos e enfermos, o sacerdote observante e fiel aos seus compromissos religiosos e ministeriais, o defensor dos animais e namorado da natureza.
          Durante muitos anos foi o viajante das ruas de São Paulo, correndo muitos riscos pela sua deficiência auditiva e visual, levando às Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia o incentivo de sua presença e da sua palavra, portadoras de uma mensagem de caridade para os membros dessa Associação, em benefício das famílias mais desprotegidas.
          Sua vida inteira foi um testemunho vivo de simpatia, simplicidade e bondade, tornando-o muito popular na cidade de São Paulo.
          Seus restos repousam na Igreja Santo Agostinho de São Paulo. O testemunho de sua vida permanece vivo entre os que o conheceram e com ele conviveram.

          Processo de Beatificação
          No dia 26 de abril de 1996 os alunos das 4ªs séries do Ensino Fundamental do nosso Colégio tinham saído de excursão para Barra Bonita. João Paulo Lopes da Silva Polotto, com 5 anos, e sua mãe, Eliana, também participam. Às 9h30min João Paulo atravessa a rua correndo e é atropelado por um caminhão. Foi levado ao hospital em estado gravíssimo. Os Padres do Colégio invocaram em oração a ajuda espiritual do Padre Mariano, conhecido por sua santidade. Às 15h30min, ainda em coma, na UTI, João Paulo acorda e é transferido de helicóptero para a Casa de Saúde Santa Helena, onde fica dois dias internado. No dia 06 de maio de 1996, João Paulo está completamente curado, sem seqüelas do acidente.
          O Processo de Beatificação foi aberto no dia 31 de maio de 1997, quando a Cúria Episcopal de São Paulo recebeu da Cúria Vaticana, por meio do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, a licença oficial da Igreja para dar andamento ao processo. A cerimônia de abertura aconteceu na Igreja Santo Agostinho.
          Em 12 de fevereiro de 1999, o Processo foi introduzido na Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.
          Em 02 de agosto de 1999, o Bispo da Diocese de São José do Rio Preto, Dom Orani João Tempesta instala um Tribunal Eclesiástico para ouvir Padres, familiares de João Paulo e médicos, a pedido do Vaticano. A investigação reuniu 35 documentos e laudos médicos, além de 1.840 páginas de relatórios.
          A Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano, reconheceu ser milagrosa a cura de João Paulo, hoje com 14 anos. O Processo confirmou que a cura do garoto não pôde ser explicada pela ciência.
          Padre Mariano será o primeiro beato da história da Diocese de São José do Rio Preto e também da Ordem Agostiniana no Brasil.

          Padre Mariano foi Diretor do Ginásio São José de 1958 a 1960, participando da construção das atuais instalações do Colégio Agostiniano São José.

Ginásio São José - Engenheiro Schmitt, 1947
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Colégio Agostiniano São José - São José do Rio Preto. Inaugurado em 1961

          Oração para pedir a glorificação do Servo de Deus:
          Ó Jesus, Divino Salvador e Redentor nosso, que vos comprazeis em exaltar a humildade do coração, dignai-vos glorificar vosso humilde servo Pe. Mariano, que tanto trabalhou para dilatar vosso Reino, entre os pobres e humildes. Concedei-me, por sua intercessão, a graça que ardentemente solicito.
          Glória o Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. (3 vezes)

          Restos mortais:
          Igreja Santo Agostinho em São Paulo (ao lado metrô Vergueiro)

          Livro biográfico:
          Pe. Mariano de la Mata - O mensageiro da caridade e do amor. São Paulo: Loyola. Autor: Pe. Miguel Lucas, OSA
          Pedidos:
          Pe. Miguel Lucas
          Rua: Carlos Petit, 329 - Vila Mariana
          04110-010 - São Paulo - SP
          Fone:(0xx11)5575-2944
          e-mail:clmentecoracao@uol.com.br

          Para comunicar graças alcançadas pelo Servo de Deus:
          Paróquia Santo Agostinho
          Praça Santo Agostinho, 79
          01533-070 - São Paulo - SP
          Fone: (0xx11) 3209-4685
          Ou
          Sede Provincial Agostiniana
          A/C Pe. Miguel Lucas
          Rua Dona Brígida, 671 Vila Mariana
          04111-081 São Paulo SP
          Fone: (0xx11) 5572-0782