Tecido Muscular
Estriado Esquelético
Apresenta, sob observação microscópica, faixas alternadas transversais,
claras e escuras. Essa estriação resulta do arranjo regular de
microfilamentos formados pelas proteínas actina e miosina, responsáveis
pela contração muscular. A célula muscular estriada chamada fibra
muscular, possui inúmeros núcleos e pode atingir comprimentos que vão de
1mm a 60 cm.
Tecido
Muscular Liso
Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero
etc) e também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares
lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em
hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido
muscular esquelético.
A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário
da contração dos músculos esqueléticos.
Tecido
Muscular Estriado Cardíaco
Está presente no coração. Ao microscópio, apresenta estriação
transversal. Suas células são uninucleadas e têm contração involuntária.

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Teoria do deslizamento dos filamentos
Quando o músculo se contrai, as bandas I e H diminuem de
largura. A contração muscular se dá pelo deslizamento dos filamentos de
actina sobre os de miosina. Essa idéia é conhecida como teoria do
deslizamento dos filamentos.
Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes
de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina quando o
músculo é estimulado. As projeções da miosina puxam os filamentos de
actina como dentes de uma engrenagem, forçando-os a deslizar sobre os
filamentos de miosina, o que leva ao encurtamento das miofibrilas e à
conseqüente contração da fibra muscular.
Interior
de um músculo

Contração Muscular
O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se
propaga pela membrana das fibras musculares, atingindo o retículo
sarcoplasmático (um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas onde
há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no citoplasma. Ao
entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de
ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a
contração muscular.
Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do
retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular.
A energia para contração muscular é suprida por moléculas de ATP
(produzidas durante a respiração celular). O ATP atua na ligação de
miosina à actina, o que resulta na contração muscular. Mas a principal
reserva de energia nas células musculares é a fosfocreatina,
onde grupos de fosfatos, ricos em energia, são transferidos da
fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho
muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e
de fosfocreatina, intensificando a respiração celular, utilizando o
glicogênio como combustível.
Tetania e Fadiga Muscular
A estimulação contínua faz com que o músculo atinja um grau máximo de
contração, o músculo permanece contraído, condição conhecida como
tetania. Uma tetania muito prolongada ocasiona a fadiga muscular. Um
músculo fadigado, após se relaxar, perde por um certo tempo, a
capacidade de se contrair. Pode ocorrer por deficiência de ATP,
incapacidade de propagação do estímulo nervoso através da membrana
celular ou acúmulo de ácido lático.