CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2006 (CF-2006)

 

TEMA: "FRATERNIDADE E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA"

LEMA "LEVANTA-TE, VEM PARA O MEIO!" (Mc 3,3)

 

Proposta da CF-2006

A proposta é colocar as pessoas com deficiência no centro da atenção e da reflexão, questionando a sociedade e a própria Igreja sobre atitudes e relacionamentos com as pessoas com deficiência.

 

Objetivos da CF-2006

Um dos principais objetivos da CF-2006 é apresentar a realidade das pessoas com deficiência e as iniciativas para promover sua dignidade. 

Um outro objetivo é promover a autonomia dessas pessoas, fortalecendo organizações e movimentos; criando mecanismos para sua participação efetiva, como protagonistas de sua história, na família, na Igreja e na sociedade, mostrando os valores evangélicos que devem orientar o relacionamento com as pessoas com deficiência. A participação de toda a sociedade para alcançar esse objetivo é fundamental!

 

Dicas de filmes

 

Cartaz da CF-2006

"Levanta-te, vem para o meio!" (Mc 3,3). A frase de Jesus, dirigida ao homem com a mão atrofiada, representa o convite feito a todas as pessoas com deficiência para que se sintam acolhidas e valorizadas. Esse lema traduz também as ações positivas propostas pela Campanha de 2006 para a inclusão fraterna desses nossos irmãos e irmãs. Essa atitude fraterna é indicada pelo gesto de acolhida e pelo sorriso dos dois jovens. Desta Campanha ninguém deverá ficar de fora!

As cores claras e alegres mostram que a deficiência não é, por si, causa de tristeza. Ao mesmo tempo, a Campanha ajuda a tomar consciência sobre as condições quase sempre difíceis vividas pelas pessoas com deficiência. O fundo azul transmite calma e tranqüilidade. Lembra que Deus está presente na vida dessas pessoas.

Victor é um jovem com síndrome de Down. Ele estuda, trabalha numa lanchonete e faz academia. Permitir e favorecer que pessoas com deficiência possam se desenvolver é um desafio para os vários setores da sociedade e da Igreja.

A imagem é um apelo forte para que deixemos a situação de expectadores. Vamos nos envolver com ações que resgatem a dignidade das pessoas com deficiência! Vamos construir uma cultura de solidariedade com esses irmãos e irmãs!

 

O que é deficiência?

 

A noção de deficiência ainda é confundida com a de incapacidade. O meio ambiente e o contexto cultural e socioeconômico é que incapacitam. Se não houver rampas de acesso num edifício, uma pessoa com deficiência motora, em cadeira de rodas, não poderá entrar. Se não houver código braile nos botões de um elevador, uma pessoa com deficiência visual não poderá subir sozinho a um determinado andar!

Nestes casos, deficiência é a diferença humana que requer atenção as suas especificidades quanto à forma de comunicação, mobilidade, ritmos, estilos. A deficiência aparece em todas as raças, etnias, idades, nacionalidades, religião, gêneros e classes sociais. Ela pode ser física, visual, auditiva, intelectual, múltipla (união de duas ou mais deficiências) e/ou a surdocegueira (deficiência única). Pode ser de nascença ou ter surgido em outra época da vida, em função de doença ou acidente.

O lema da Campanha da Fraternidade é tomado da passagem do evangelho de São Marcos, onde Jesus cura um homem da mão atrofiada, que estava na sinagoga. Tudo leva a pensar que aquele pobre homem era desprezado e deixado lá num canto, por causa da sua condição. Os fariseus observam, para ver se Jesus o curava, embora fosse sábado: Precisavam de um argumento para acusá-lo. Jesus chamou o homem: “Levanta-te, vem para o meio!” E o curou, na frente de todos.

A palavra de Jesus restitui dignidade àquela pessoa com deficiência; é um convite para que tome coragem e venha para o meio dos outros, venha ocupar o seu espaço social e eclesial, e não tenha medo nem sinta baixa auto-estima; aquele pobre homem deve saber que é gente e tem valor; sua deficiência não lhe impede de viver. Ao mesmo tempo, a palavra e atitude de Jesus são uma mensagem para os outros, os saudáveis e válidos, os que têm a capacidade de raciocinar e até para tramar coisas ruins: Nada de deixar de lado os que têm alguma deficiência, nada de desprezá-los e abandoná-los a si próprios; todos devem acolhê-los e valorizá-los, ajudando-os a se tornarem livres, apoiando-os fraternalmente em vista da sua inclusão social.

O exemplo e a palavra de Jesus continuam a nos desafiar para fazermos o mesmo que ele fez. Em nossos dias, a cultura dominante vai afirmando a tendência a valorizar apenas os fortes, os belos, os que têm um corpo perfeito, os que são capazes de competir e se afirmar, quem pode mais... E com isso, tantas pessoas que não se enquadram nos padrões impostos pelo mercado, a moda e os preconceitos sociais, vão ficando de lado, abandonadas a si próprias, lá num cantinho.

Com certeza, a Campanha da Fraternidade de 2006 será ocasião para uma grande tomada de consciência sobre a realidade geralmente não fácil enfrentada pelas pessoas com deficiência. Será objetivo da Campanha promover em relação a elas atitudes fraternas e ações voltadas para uma verdadeira cultura da solidariedade humana e da fraternidade cristã, que se traduza em leis justas e políticas públicas adequadas para favorecer o reconhecimento de sua dignidade e seus direitos.

 

Alguns trechos do Texto-base 2006

 

Tema e lema da CF-2006

 

A CF-2006 tem como tema Fraternidade e pessoas com deficiência e como lema Levanta-te, vem para o meio! (Mc 3,3). As diversas propostas evangelizadoras e pedagógicas da CF-2006 colocam as pessoas com deficiência no centro da atenção e da reflexão e questionam a sociedade e a própria Igreja sobre atitudes e relacionamentos com as pessoas com deficiência.

 

Objetivos da CF-2006

 

O objetivo geral da CF-2006 é conhecer melhor a realidade das pessoas com deficiência e refletir sobre sua situação, à luz da Palavra de Deus e da ética cristã, para suscitar maior fraternidade e solidariedade com as pessoas com deficiência, promovendo sua dignidade e seus direitos.

Para se atingir o objetivo geral, a CF propõe os seguintes objetivos específicos:

·                     apresentar a realidade das pessoas com deficiência e as iniciativas para a promoção de sua dignidade;

·                     denunciar profeticamente ideologias e contravalores que marcam a sociedade no que diz respeito às pessoas com deficiência;

·                     mostrar os valores evangélicos que devem orientar o relacionamento com as pessoas com deficiência;

·                     assegurar os direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência e de suas famílias; superar toda forma de preconceito e sensibilizar a consciência pessoal e social sobre a questão da deficiência;

·                     promover a autonomia das pessoas com deficiência, fortalecer suas organizações e movimentos; criar mecanismos para sua participação efetiva, como protagonistas de sua história, na família, na Igreja e na sociedade;

·                     suscitar e apoiar iniciativas individuais e comunitárias, bem como políticas públicas para inclusão, valorização e proteção das pessoas com deficiência e seus familiares no ambiente escolar, no mundo do trabalho, na vida eclesial e nas atividades culturais, esportivas, de lazer e convívio social.

 

O Evangelho e as pessoas com deficiência

 

Os Evangelhos descrevem a profunda compaixão de Jesus Cristo pelos enfermos e pessoas com deficiência: "Quando deres um festim, convida pobres, aleijados, coxos e cegos" (Lc 14,13). Já para o judaísmo, a proteção às pessoas com deficiência era um dever sagrado: "Não insultes um surdo e não ponhas obstáculo diante de um cego; é assim que terás temor ao teu Deus" (Lv 19,14). E isso tinha origem no reconhecimento da igualdade entre os filhos de Deus: "Quem é que fez os mudos e os surdos, os videntes e os cegos? Não sou eu, o Senhor?" (Ex 4,11).

Todos os seres humanos, com ou sem deficiência, foram feitos à imagem e semelhança de Deus e por Ele abençoados (Gn 1,27-28). As deficiências são reconhecidas como parte da natureza humana, como uma realidade da vida, como a tristeza e a alegria, a saúde e a enfermidade, e nunca como um castigo celeste.

 

Ir ao encontro

Jesus não fica esperando que as pessoas o procurem. O Verbo se encarna e vem ao encontro da humanidade decaída por causa do pecado e das suas conseqüências. O lema da CF-2006 "Levanta-te, vem para o meio!" (Mc 3,3) quer explicitar o caráter inclusivo da proposta, mas não significa que devemos esperar que as pessoas com deficiência venham ao nosso encontro. Ter a mesma atitude de Jesus significa ir atrás, não passar adiante como o sacerdote e o levita da parábola do bom samaritano (Lc 10,29-37), mas ter compaixão e agir (Mc 6,34-44).

 

Atitudes fraternas

 

Encontrar as pessoas com deficiência

 

Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. É o desconforto diante do “diferente”, que diminui e pode desaparecer quando existem oportunidades de convivência entre pessoas com e sem deficiência. As pessoas com deficiência não devem ser evitadas; e, no encontro com elas, não se deve fazer de conta que a deficiência não existe. A deficiência deve ser reconhecida e aceita com um fato real; contrariamente, o relacionamento com a pessoa não será real.

 

Não se devem subestimar as possibilidades, nem as dificuldades. As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas. Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente.

 

Provavelmente, a pessoa com deficiência pode ter dificuldades para realizar algumas atividades; por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo. A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças a respeito de sua deficiência e de como ela realiza algumas tarefas. Mas quando não se tem familiaridade com essas pessoas é melhor evitar muitas perguntas.

 

Pessoas cegas ou com deficiência visual

 

Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas esta sempre pode ser oferecida. Nunca se deve ajudar sem antes perguntar como se deve fazê-lo. Se a ajuda for bom aceita, é melhor colocar a mão da pessoa cega no cotolevo dobrado de quem ajuda, para que ela acompanhe o movimento do corpo de quem ajuda, enquanto vai andando.

 

É sempre bom avisar, antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto. Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, colocar o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você. Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixar que a pessoa sente-se sozinha. Ao ir embora, sempre avisar a pessoa com deficiência visual.

 

Ao explicar direções para uma pessoa cega, é preciso ser o mais claro e específico possível, de preferência, indicando as distâncias em metros (“uns vinte metros à sua frente”). Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas com deficiência visual. A menos que a pessoa tem uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido gritar. Falar em tom de voz normal.

 

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, é bom lembrar que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.

 

As pessoas cegas, ou com visão subnormal, são como as outras, só que não enxergam. Tratá-las com o mesmo respeito e consideração devidos a todas as pessoas. No convívio social ou profissional, não excluir as pessoas com deficiência visual das atividades normais. Deixar que elas decidam como podem ou querem participar. Como a todas as pessoas, proporcionar-lhes a chance de ter sucesso ou de falhar.

 

Pessoas com deficiência física

 

Para uma pessoa sentada, é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo; portanto, ao conversar por vários minutos com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se for possível, sentar perto dela para ambas ficarem no mesmo nível.

 

A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo. Agarrar-se ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Isso muitas vezes pode parecer simpático, mas também pode ser desconfortável para a pessoa que tem deficiência motora.

 

Nunca se deve movimentar a cadeira de rodas, sem antes pedir permissão para a pessoa. Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas não como empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver empurrando uma pessoa numa cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembrar de virar a cadeira de frente para o interlocutor, para que a pessoa com deficiência também possa participar da conversa.

 

Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, fazê-lo com cuidado. Prestar atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente. Para subir degraus, inclinar a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha a ré, sempre apoiando, para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em seqüência, será melhor pedir ajuda de mais uma pessoa.

 

Acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procurar acompanhar o passo dela. Manter as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência. S ela encontrar dificuldades, oferecer ajuda; caso aceite, perguntar como fazer. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Não se ofender, se a ajuda for recusada.

 

Ao presenciar um tombo de pessoa com deficiência, oferecer ajuda imediatamente. Mas nunca sem perguntar se a pessoa quer ajuda e como ser feito. Prestar atenção para a existência de barreiras arquitetônicas, quando se escolhe uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que se queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

 

Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com perna e braços e apresentar expressões estranhas no rosto. Não se intimidar com isso. São pessoas comuns, como você. Geralmente, têm inteligência normal, e, às vezes, até acima da média.

 

Se a pessoa tiver dificuldades na fala e não conseguir se fazer entender logo, pedir que repita o que disse. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam em repetir, se necessário.

 

Pessoas com paralisia cerebral

 

Ao encontrar uma pessoa com paralisia cerebral, é bom lembrar que ela tem necessidades específicas, por causa de suas diferenças individuais.

 

Respeitar sempre o ritmo dessas pessoas; usualmente elas são mais vagarosas no que fazem, como andar, falar e pegar as coisas. Ter paciência ao ouvi-las; geralmente, elas têm dificuldades na fala. Essa dificuldade e o ritmo lento não devem ser confundidos com a deficiência mental.

 

A pessoa com paralisia cerebral não deve ser tratada como uma criança ou pessoa incapaz. A paralisia cerebral é fruto da lesão cerebral acontecida antes, durante ou após o nascimento, e causa desordem sobre os controles dos músculos do corpo. Não é doença e não é contagiosa. É uma situação, uma condição.

 

Pessoas surdas ou com deficiência auditiva

 

Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Algumas fazem a leitura labial, outras não. Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção, acenar para ela ou tocar levemente em seu braço.

 

Conversando com uma pessoa surda, falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas sem exagerar. Usar a velocidade normal da fala, a não ser que ela peça para falar mais devagar. Usar um tom normal de voz, a não ser ela peça para falar mais alto. Nunca gritar.

 

Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Fazer com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

 

Ao falar com uma pessoa surda, ficar num lugar iluminado. Não ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto. Conhecendo alguma linguagem de sinais, tentar usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender ela avisará, mas, de modo geral, ela apreciará sua tentativa.

 

Ser expressivo, ao falar. As pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz, que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade. As expressões faciais, os gestos e o movimento do corpo serão excelentes indicações do que se quer dizer.

 

Enquanto estiver conversando, manter sempre contato visual; se desviar o olhar da pessoa surda, ela pode achar que a conversa terminou. Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhar em pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam em repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.

 

Se for necessário, comunicar-se por meio de bilhetes. O importante é comunicar-se. O método escolhido não é tão importante. Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete. Algumas pessoas mudas preferem a comunicação escrita, outras usam a linguagem em código; outras ainda preferem códigos próprios. Esses métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração. Se possível, ajudar a pessoa muda a encontrar a palavra certa, assim ela não precisará de tanto esforço para passar sua mensagem. Não ficar ansioso, pois isso pode atrapalhar a conversa.

 

Pessoas com deficiência mental

 

Agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência mental. Tratá-la com respeito e consideração. Se for uma criança, tratá-la como criança. Se for adolescente, como adolescente. Se for uma pessoa adulta, tratá-la como tal.

 

Cumprimentar e despedir-se dela normalmente, como faria com qualquer outra pessoa. Nunca ignorar sua presença. Dar atenção a ela, conversar e ser natural no trato com ela. Nunca superproteger, mas deixar que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajudar apenas quando for realmente necessário.

 

Não subestimar sua inteligência. As pessoas com deficiência mental levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais. Lembrar que o respeito está em primeiro lugar e só existe quando há troca de idéias, informações e vontades. Por maior que seja a deficiência, valorizar as capacidades de cada pessoa que ali está.

 

As crianças com deficiência mental devem ser integradas com os companheiros de classe ou as demais crianças da mesma idade, para participar das brincadeiras, passeios e atividades de lazer com suas famílias.

 

As pessoas com deficiência mental, geralmente, são muito carinhosas. Deficiência mental não deve ser confundida com doença mental. Tratar as pessoas com deficiência mental com a mesma consideração e respeito devidos às demais pessoas.

 

Dicas de filmes que podem ser trabalhados a partir do tema proposto pela Campanha da Fraternidade 2006:

 

1.      O oitavo dia

 

Sinopse
Harry
(Daniel Auteuil) é um empresário estressado, que trabalha no departamento comercial de um banco belga e foi abandonado por sua esposa e filhas há pouco tempo. Deprimido, ele se dedica ao trabalho durante os 7 dias da semana. Até que um dia ele decide vagar pelas estradas da França, sem rumo definido. Após quase atropelar Georges (Pascal Duquennes), que sofre de síndrome de Down, Harry decide levá-lo para casa, mas não consegue se desvencilhar dele.

Tempo de Duração: 118 minutos

Ano de Lançamento: 1996

Direção: Jaco van Dormael

 

2.      À primeira vista

 

Sinopse
Amy
(Mira Sorvino) se apaixona por Virgil (Val Kilmer), homem bonito que ficou cego acidentalmente na infância. Surge uma esperança, através de um novo tratamento experimental, e Virgil é operado com sucesso. Ele recomeçará tudo de novo, aprendendo mais uma vez a enxergar a luz do dia e, quem sabe, descobrir a força do amor.

Tempo de Duração: 129 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1999

Direção: Irwin Winkler

 

3.      Mr. Holland, adorável professor.

 

Sinopse

Em 1964 um músico (Richard Dreyfuss) decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compôr uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas se complicam ainda mais quando sua mulher (Glenne Headly) dá à luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, ele se envolve cada vez mais com a escola e seus alunos, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor. Passados trinta anos lecionando no mesmo colégio, após todo este tempo uma grande decepção o aguarda.

Tempo de Duração: 140 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1995

Direção: Stephen Herek

 

4.      Rain man

 

Sinopse

Um jovem yuppie (Tom Cruise) fica sabendo que seu pai faleceu. Eles nunca se deram bem e não se viam há vários anos, mas ele vai ao enterro e quando vai cuidar do testamento fica sabendo que herdou um Buick 1949 e as roseiras premiadas do seu pai, sendo que um "beneficiário" tinha herdado três milhões de dólares. Fica curioso em saber quem herdou aquela fortuna e descobre que foi seu irmão (Dustin Hoffman), que ele desconhecia a existência. O irmão dele é autista, mas pode calcular problemas matemáticos complicados com grande velocidade e precisão. O yuppie seqüestra seu irmão autista da instituição onde ele está internado, pois planeja levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro, nem que para isto tenha que ir aos tribunais. É durante uma viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois se compreenderão mutuamente e entenderão o significado de serem irmãos.

Tempo de Duração: 133 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1988

Direção: Barry Levinson

 

5.      De porta em porta

 

Sinopse

Bill Porter vê poucas perspectivas em seu trabalho como vendedor. Por essa razão, ele se oferece para trabalhar em um território difícil que todos rejeitam. Afinal, o que é um mero território difícil para Bill, portador de paralisia cerebral?

William H. Macy é Bill, que com um corpo, mas não um espírito deficiente, faz uma vitoriosa carreira como vendedor de porta em porta - causando grande impacto nas vidas de seus clientes. No filme, Kyra Sedgwick, Helen Mirren e Kathy Baker vivem mulheres com importantes papéis na vida de Bill. Na vida real, outros grandes talentos vivem engraxates, crianças, garçons, motoristas de ônibus, recepcionistas de hotel e outros que também se inspiram na história dele. De Porta em Porta, de coração em coração, Bill Porter sabe como se comunicar com as pessoas. Assim como esse filme baseado em uma história real, ele ira comover você.

Duração: 91 min.

Ano de lançamento: 2002

Direção: Steven Schachter.

 

6.      Uma lição e amor

 

Sinopse

Sam Dawson (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Porém, assim que faz 7 anos Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, e esta situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato. A partir de então Sam enfrenta um caso virtualmente impossível de ser vencido por ele, contando para isso com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita o caso como um desafio com seus colegas de profissão.

Tempo de Duração: 133 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2001

Direção: Jessie Nelson

 

7.      Perfume de mulher

 

Sinopse

Frank Slade (Al Pacino), um tenente-coronel cego, viaja para Nova York com Charlie Simms (Chris O'Donnell), um jovem acompanhante, com quem resolve ter um final de semana inesquecível antes de morrer. Porém, na viagem ele começa a se interessar pelos problemas do jovem, esquecendo um pouco sua amarga infelicidade.

Tempo de Duração: 156 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1992

Direção: Martin Brest

 

8.      Cegos, surdos e loucos

 

Sinopse

Comédia em que o dono de uma banca de jornais, Dave Lyons (Gene Wilder), que é surdo, dá um emprego para Wallace "Wally" Karue (Richard Pryor), que é cego. Perto da banca há um assassinato cometido por Eve (Joan Severance), uma matadora profissional, mas a vítima conseguiu se livrar de uma aparente moeda (na verdade um supercondutor de energia) misturando com outras moedas, que haviam na banca. Wally ouviu um tiro e Dave só viu as pernas de Eve, mas quando a polícia chega os dois são presos como suspeitos. Como Eve e seu cúmplice inglês, Kirgo (Kevin Spacey), não encontram na valise da vítima o material "encomendado" pelo mandante, Sutherland (Anthony Zerbe), então Eve e Kirgo se passam por advogados que querem libertar os acusados, pois têm certeza que a "moeda" está com eles. Mas Wally e Dave fogem e são perseguidos, pela polícia e pelos bandidos.

Tempo de Duração: 102 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1989

Direção: Arthur Hiller.

 

9.      Uma Vitória Especial

 

Sinopse

Corretor de imóveis enfrenta problemas com a lei depois de ter sua conta bancária destrocada pela ex-mulher. Como pena, é obrigado a ajudar um time de basquete a ganhar um campeonato trabalhando como treinador. A surpresa: a equipe é formada por adultos com problemas mentais.

Ano de lançamento (EUA): 1991

Direção: Stuart Cooper 

 

10.  Meu pé esquerdo

 

Sinopse

Christy Brown (Daniel Day-Lewis), o filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com apenas este movimento Christy consegue, no decorrer de sua vida, se tornar escritor e pintor.

Tempo de Duração: 103 minutos

Ano de Lançamento (Irlanda): 1989

Direção: Jim Sheridan

 

11.  Sempre amigos

 

Sinopse

Maxwell Kane (Elden Henson) é um garoto de 14 anos que tem dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde que testemunhou o assassinato de sua mãe, morta pelo marido. Quando Kevin Dillon (Kieran Culkin), um garoto que sofre de uma doença que o impede de se locomover, se muda para a vizinhança eles logo se tornam grandes amigos. Juntos vivem grandes aventuras, enfrentando o preconceito das pessoas à sua volta.

Tempo de Duração: 100 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1998

Direção: Peter Chelsom

 

12.  Meu nome é rádio

 

Sinopse

Harold Jones (Ed Harris) é um técnico de futebol americano que desenvolve uma amizade com Radio (Cuba Gooding Jr.), um estudante do colegial que é deficiente mental. A amizade dos dois cresce com o passar dos anos, com Jones acompanhando a transformação de Radio de um jovem tímido para a inspiração da comunidade em que vive.

Tempo de Duração: 109 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2003

Direção: Michael Tollin

 

 

13.  Demolidor, o homem sem medo (Filme e animação)

 

Sinopse
Após
descobrir o verdadeiro trabalho de seu pai, o jovem Matt Murdock (Ben Affleck) sofre um acidente que faz com que fique cego e tenha seus sentidos ampliados, além de ganhar um apurado radar mental, que faz com que consiga perceber o que ocorre à sua volta. Já adulto Matt estuda Direito e passa a treinar arduamente artes marciais. Com isso passa a ter uma vida dupla: durante o dia é um conceituado advogado e à noite passa a usar suas habilidades super-humanas para combater o crime, sob o codinome Demolidor.

Tempo de Duração: 102 minutos
Ano
de Lançamento (EUA): 2003
DireçãoMark Steven Johnson

14.  Dumbo

 

Sinopse

Filme de 1941 que é uma verdadeira obra-prima da Disney. Dumbo é um elefante que nasceu com as orelhas muito grandes e, com a ajuda de um amigo ratinho, aprende a usar suas orelhas para realizar um feito que nenhum outro elefante jamais conseguiu: voar. Com essa sua nova habilidade, Dumbo torna-se a grande atração de um circo e sente-se como um herói.

Tempo de Duração: 63 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1941

 

15.  O Corcunda de Notre Dame

 

Sinopse

Em Paris, durante a Idade Média, vive Quasímodo, um corcunda que mora enclausurado desde a infância nos porões da catedral de Notre Dame. Até que, um dia, Quasímodo decide sair da escuridão em que vive e conhece Esmeralda, uma bela cigana por quem se apaixona. Mas para conseguir concretizar seu amor Quasímodo terá antes que enfrentar o poderoso Claude Frollo e seu fiel ajudante Febo.

Tempo de Duração: 91 minutos
Ano
de Lançamento (EUA): 1996
DireçãoGary Trousdale e Kirk Wise

16.  Procurando nemo

 

Sinopse
Nemo
é um pequeno peixe-palhaço, que repentinamente é sequestrado do coral onde vive por um mergulhador e passa a viver em um aquário. Decidido a encontrá-lo, seu tímido pai sai em sua busca, tendo como parceria a ingênua Dory

Tempo de Duração: 101 minutos
Ano
de Lançamento (EUA): 2003
Direção: Andrew Stanton

17.  Irmão Urso

 

Sinopse

Em busca de vingança por seu pai ter sido morto por um urso, o índio Kenai acaba sendo amaldiçoado pelos espíritos da floresta e é transformado em um urso. Obrigado a viver sob a nova pele, ele começa a ver a realidade sob a ótica dos animais. Logo faz amizade com outro urso, Koda, mas se vê em apuros quando seu próprio irmão começa a caçá-lo. O filme apresenta a valorização das diferenças individuais e a busca da convivência.

Tempo de Duração: 85 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2003

Direção: Aaron Blaise e Robert Walker

 

 

18.  Shrek

 

Sinopse

Em um pântano distante vive Shrek, um ogro solitário que vê, sem mais nem menos, sua vida ser invadida por uma série de personagens de contos de fada, como três ratos cegos, um grande e malvado lobo e ainda três porcos que não têm um lugar onde morar. Todos eles foram expulsos de seus lares pelo maligno Lorde Farquaad. Determinado a recuperar a tranqüilidade de antes, Shrek resolve encontrar Farquaad e com ele faz um acordo: todos os personagens poderão retornar aos seus lares se ele e seu amigo Burro resgatarem uma bela princesa, que é prisioneira de um dragão. Porém, quando Shrek e o Burro enfim conseguem resgatar a princesa logo eles descobrem que seus problemas estão apenas começando.

O filme apresenta a difícil convivência entre as pessoas diferentes e a valorização do ser, além das aparências.

Tempo de Duração: 100 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2001

Direção: Andrew Adamson e Vicky Jenson

 

19.  Shrek II

 

Sinopse

Após se casar com a Princesa Fiona, Shrek vive feliz em seu pântano. Ao retornar de sua lua-de-mel Fiona recebe uma carta de seus pais, que não sabem que ela agora é um ogro, convidando-a para um jantar juntamente com seu grande amor, na intenção de conhecê-lo. A muito custo Fiona consegue convencer Shrek a ir visitá-los, tendo ainda a companhia do Burro. Porém os problemas começam quando os pais de Fiona descobrem que ela não se casou com o Príncipe, a quem havia sido prometida, e enviam o Gato de Botas para separá-los.

Novamente as diferenças ficam em evidência, acrescentando a questão familiar às dificuldades de convivência.

Tempo de Duração: 105 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2004

Direção: Andrew Adamso, Kelly Asbury e Conrad Vernon.

 

 

20.  Filhos do silêncio

 

Sinopse

Um dos filmes mais aclamados da década de 80 com 4 indicações para o Oscar. Conta a história de amor de John Leeds, um idealista professor de deficientes auditivos e uma decidida moça surda, chamada Sarah. No início, Leeds vê Sarah como desafio à sua didática. Mas logo o relacionamento dos dois transforma-se num romance que rompe a barreira do silêncio que os separa.

Tempo de Duração: 119 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1986

Direção: Randa Haines

 

21.  Forrest Gump

 

Sinopse

Quarenta anos da história dos Estados Unidos, vistos pelos olhos de rapaz com QI abaixo da média que, por obra do acaso, consegue participar de momentos cruciais, como a Guerra do Vietnã e Watergate.

Tempo de Duração: 141 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1994

Direção: Robert Zemeckis

 

22.  Uma mente brilhante

 

Sinopse

John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel.Ficha Técnica

Tempo de Duração: 135 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2001

Direção: Ron Howard

 

Fontes:

 

CNBB, Campanha da Fraternidade 2006: Manual / Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. – CNBB – São Paulo: Edição Salesiana, 2005.

 

http://www.planetaeducacao.com.br

 

http://www.educacaoonline.pro.br

 

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