julho/2012 

Crônica do 13º, 14º e 15º dias

Viagem a Valencia

Após as duas primeiras aulas de sexta-feira, 13/7, arrumamos as malas e almoçamos, para depois pegarmos o ônibus para Valencia. Mudamos nossos planos, pois iríamos precisar do ônibus para nos deslocar pela cidade. Chegamos em torno das 19h30. Nos hospedamos em bungalows de madeira perto da praia de El Saler. Após acomodarmos nossas malas, fomos para a praia e experimentamos a água morna do Mediterrâneo. Quase todo mundo entrou na água. No horizonte, grandes navios cargueiros entrando e saindo do porto de Valencia.

A turma gostou do alojamento, pois nas duas noites que ficamos lá se divertiram bastante.

No sábado cedo partimos rumo à Ciudad de las Artes y las Ciências, belíssimo conjunto arquitetônico do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, onde gastamos o dia inteiro para conhecer o Oceanografic (maior aquário da Europa, onde estão reproduzidos os principais ecossistemas marinhos do planeta), com seus tubarões, baleias brancas, pinguins, focas e leões marinhos, corais e águas-vivas etc. Ah, e não posso deixar de lembrar aqui do show dos inteligentíssimos golfinhos. Quem assistiu o de Disneyworld, na Flórida, diz que este é mais impressionante.

Depois de comer no “Mc”, o Museo de las Ciencias Príncipe Felipe: é um museu interativo, ou seja, onde você pode entrar em contato com os avanços das diversas ciências experimentando seus efeitos na melhoria de vida do cotidiano das pessoas. Podemos, por exemplo, operar um boneco usando uma pinça e um bisturi guiados por vídeo, como se você fosse um verdadeiro cirurgião. Pessoalmente recomendo a parte dedicada às descobertas da genética. É uma verdadeira aula.

E, por último, entramos no Hemisferic, para assistir a um filme. É uma sala de projeção em 3D numa tela côncava (hemisfério) de 900 metros quadrados.  É grandioso. Eu diria que o filme é irrelevante, o que impressiona são as sensações que a plateia experimenta. Tinha gente segurando os braços das poltronas para não cair do avião quando este passava perto das copas das árvores... Parece tudo tão real!

De lá, pegamos o ônibus e fomos rumo ao Parque Natural de La Albufera (palavra árabe, como muitas da língua castelhana, que significa pequeno mar). Separado do mar por uma estreita faixa de terreno, seria comparável à Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Trata-se do maior área alagada da Espanha. Tivemos um divertido passeio em barco pelas águas do lago, onde pudemos entender a importância dele para os ribeirinhos. De março a setembro cultivam arroz em áreas alagadas com suas águas e durante o ano todo pescam várias espécies de peixes, sobretudo enguias. Algumas meninas ficaram impressionadas com o piloto do barco, e não foi apenas pela sua perícia...

De lá fomos jantar o prato típico da culinária valenciana: a paella. Pedimos paella sem frutos do mar, já que muitas meninas manifestaram não apreciar muito as lulas, mexilhões e camarões, que acompanham a tradicional receita. Mesmo assim, não fez muito sucesso. Ficou bastante paella nos pratos...

No domingo fomos ao centro da cidade e pudemos conhecer a Catedral, a Praça de Touros, a Prefeitura e a Estação de trens. Na volta para casa, almoçamos na metade do caminho para Madri. Tiveram que lidar com as dificuldades de escolher o que comer pelo cardápio do dia. Houve alguns enganos e também comprovamos como o primeiro prato os deixou satisfeitos e sem fome para degustar o segundo. Chegamos a Los Negrales por volta das 19 horas, felizes e cansados.