Dica de Livro

 

Aprendendo a conversar

Diálogo é fundamental nos relacionamentos. Disso ninguém discorda. Mas será que as pessoas sabem dialogar? O livro A Arte da Conversa e do Convívio (Editora Saraiva) oferece sugestões práticas para dominar essa arte: não basta falar pelos cotovelos, é preciso saber ouvir. Como puxar uma conversa e não deixá-la esfriar, as melhores maneiras de fazer elogios e enfrentar as críticas, o jeito construtivo de estabelecer acordos e como perceber se o outro está nos entendendo são alguns dos temas tratados pelo especialista em comunicação Alan Garner, dos Estados Unidos, nesse livro lançado em vários países, com o auxílio de co-autores locais. A edição brasileira foi escrita pela respeitada terapeuta familiar Maria Tereza Maldonado, que tem várias obras publicadas sobre o assunto. Dois capítulos ainda merecem destaque: como resistir às manipulações, isto é, não ser obrigado a fazer algo que não se quer, e a linguagem do corpo, que traduz o significado de certas posturas, toques e gestos comuns durante o bate-papo. Confira!

Cristina Nabuco Martrucelli - Jornalista, mãe da Patrícia (1ª série E.F.) e da Adriana (Jardim)

Ponto de Mutação
O relógio marca o tempo. A bomba atômica destrói, em cinco minutos, uma cidade inteira. Países do chamado terceiro mundo dizimam seus recursos para pagarem dívidas externas impagáveis enquanto 6% da população mundial - a população dos Estados Unidos - consomem 40% dos recursos do planeta. Os avanços da medicina e da tecnologia não proporcionaram uma qualidade de vida melhor à população do planeta, mas aumentaram o abismo que existe entre os que podem ou não usufruir deles. A milenar sabedoria indígena recomendava que nenhuma decisão fosse tomada sem considerar seus efeitos sobre a sétima geração futura. O progresso da civilização da ciência legará às gerações futuras lixo tóxico e radioativo que demorará milhares de anos para desaparecer, enquanto cada vez mais, os jovens americanos pensam em suicídio. Estes são alguns dos temas apresentados em Ponto de Mutação, discutidos de forma clara e objetiva por três personagens, cada uma portadora de uma visão de mundo e de projetos pessoais ambiciosos: uma cientista frustrada com o uso militar de suas experiências, um candidato derrotado às eleições presidenciais norte-americanas e um poeta angustiado com o sentido da existência humana. Embora distantes, a princípio, da realidade cotidiana da grande maioria da população do planeta, essas pessoas passam a questionar a responsabilidade que envolve suas atividades, constatando que cabe a cada um de nós, habitantes deste mundo, a responsabilidade na transformação do planeta, das sociedades e das ciências buscando em nós mesmos o nosso próprio ponto de mutação.

Fátima Narciso - Professora de História do Ensino Médio e mãe de alunos

Pensando assim, nada como utilizar-se de algo que hoje predomina nos meios estudantis: a internet, o computador, o software, onde pesquisando e brincando podemos ter verdadeiras aulas de cidadania, respeito à natureza, e a nós mesmos.

Toda cidade, independentemente de seu porte, atravessa problemas relacionados com a qualidade de vida de seus habitantes. O design e o arquiteto devem adaptar o meio ambiente ao homem, devendo organizá-lo com profissionais das diferentes áreas do conhecimento: biólogos, ecólogos, agrônomos, etc. "O desenvolvimento sustentável baseia-se na idéia de que o homem só poderá viver plenamente se toda a teia de vida do planeta for preservada. É necessário transformações profundas nas relações dos homens entre si e com a natureza, é necessário conhecimento interdisciplinar, redefinição de conceitos, e, ainda, posturas éticas, vontade e poder. Para a sobrevivência, é necessário valores e política".

Uma boa dica para o jovem, para o planejador, para aqueles que se preocupam com a qualidade de vida e cidadania é o software SIM CITY. Quando você joga este software, você se torna um planejador, prefeito, pode controlar e governar a sua cidade ideal. Este software é primordialmente um jogo de "construir", sem sacrificar a qualidade de vida de seus habitantes, sem quebrar as finanças para manter a infra-estrutura e sem aumentar tanto os impostos. É um bom exercício, um excelente treino para começarmos a pensar num mundo melhor onde a reciclagem se torna um processo, não apenas reaproveitamento de materiais, mas também idéias.

Prof.Hernani M.Ferraz Jr.
Mestrando em Arquitetura e Urbanismo